terça-feira, 18 de novembro de 2008

Novos títulos da editoria de Brasil

Doença dos homens vira:

“Câncer de próstata mata 20 mil brasileiros por ano”

Excluído de prêmio é suspeito vira:

“Ganhador da Mega-Sena é morto no interior de SP”

Enterrado corpo de Lavínia vira:

“Menina de 9 anos encontrada morta em casa é enterrada em Curitiba”

MP denuncia ator Dado Dolabella por agressão vira:

“Dado Dolabella é denunciado por agressão à ex-namorada”

Lembrança de Eloá vira:

“Adolescente de 15 anos é mantida refém por ex-padastro”

Novos títulos da editoria de Mundo

Alianças de ex-rivais vira:

“Obama e McCain dizem que vão trabalhar juntos”

Sendero volta a assustar vira:

“Maoístas suspeitos de promover violência no Peru”

Supremacia da família Chávez está ameaçada vira:

“Irmão de Chávez encontra dificuldades para se eleger”

Degelo ameaça equilíbrio da vida no mar gelado vira:

“Geleiras derretem e inundam o oceano com água doce”

França captura dirigente do ETA vira:

“Chefe militar do ETA é preso pela polícia francesa”

Angolano João Melo lança livro em Brasília

Está em Brasília o angolano João Melo, intelectual respeitado do mundo lusófono. Ele veio lançar no Brasil, pela editora Record, o livro dedicado à memória do pai, Aníbal de Melo, que participou da fundação do Movimento Popular pela Libertação de Angola (MPLA), à frente do país desde a independência, em 1975.

Filhos da pátria (foto) reúne 10 contos em 176 páginas. João Melo usa de humor e ironia para falar de identidade nacional, racismo e corrupção. Ele conversou com o Correio sobre a obra, literatura e política. Analisou as eleições de setembro (as primeiras desde 1992) e a reação aos conflitos na vizinha República Democrática do Congo (RDC).

O que ele disse de mais relevante:

Não dá para ser como os portugueses, que inventaram o fado. Nós, africanos, inventamos os ritmos que nos mantêm vivos, lúcidos, esperançosos. Nosso divã é o humor”.

“Não existe nada oficial ainda, mas há sinais de que haverá eleição (presidencial em 2009). E, embora o presidente não tenha dito se vai se candidatar, é previsível que sim. Não vislumbro de imediato outra liderança dentro do MPLA para disputar a presidência”.

“A corrupção em Angola tem de ser analisada à luz do contexto angolano e não de qualquer outro país. (...) A prioridade número um é a pobreza extrema”.

“Angola tem todo o interesse que a RDC seja estável, porque uma instabilidade vai levar a um êxodo muito grande de congoleses para o território angolano e, na fase que Angola vive, isso é tudo que não desejamos”.

Assinante do Correio confira a entrevista completa aqui.

Seleção chega a Brasília para amistoso

Brasil e Portugal jogam amanhã, às 22h, na reabertura do Bezerrão, no Gama. Duas mil pessoas foram ontem ao aeroporto de Brasília esperar os jogadores, que não pararam para dar autógrafos nem falar com jornalistas.

Kaká, o mais assediado, chegou no mesmo vôo dos portugueses. No hotel, comentou a disputa com o lusitano Cristiano Ronaldo na eleição de melhor jogador do ano: “Nunca gostei dessa comparação. (...) Se ele for vencedor, será justo”. Kaká nasceu no Hospital do Gama.

O treinador Dunga (foto), também no hotel, falou dos rumores de que o amistoso pode ser seu último jogo à frente da seleção: “Não me preocupo. Quem vive do futebol sabe de onde isso vem.” Ele negou qualquer pressão por parte da CBF.

Os 21 jogadores da seleção chegaram divididos:

- À tarde, o auxiliar-técnico Jorginho com a comissão técnica e os reservas Marcelo (Real Madrid) e Thiago Silva (Fluminense), cotado para jogar no lugar do contundido capitão Lúcio (Bayern de Munique).

- Na segunda leva, Kleber (Santos), Miranda (São Paulo) e Alex (Internacional).

- Astros como Kaká e Robinho só chegaram à noite. O desembarque dos últimos jogadores atrasou quase uma hora.

Os brasileiros estão hospedados no Brasília Alvorada Park; os portugueses, no Kubitschek Plaza. Os dois times treinam hoje, a partir das 16h15, no Bezerrão. Para o jogo, foram convidados Pelé, Felipe Massa, Romário e o presidente Lula, que se encontra hoje com Felipão, ex-técnico da seleção, também convidado.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Erros e acertos de Nielsen

Estamos em 2008 e a previsão feita por Jakob Nielsen 10 anos atrás não se concretizou. Ele disse, na época, que todos os usuários de computador estariam hoje voltados para o visor, desprezando necessariamente a versão impressa de livros, jornais e revistas.

Nielsen errou? Errou. Mas a maioria de nós erraria. Diria o mesmo. O avanço se dá numa velocidade assustadora. Qualquer previsão feita acerca de quebra de paradigmas carrega consigo, portanto, uma margem de erro aceitável.

O que interessa – e faz, sim, todo sentido – é a essência da previsão de Nielsen. O mundo caminha em direção à internet. Enxerga nela a dimensão do futuro e, por isso, transfere para ela hábitos, como o da leitura.

A morte dos atuais formatos de mídia, também prevista por Nielsen, é o que sustenta a polêmica. Será mesmo o fim da chamada mídia tradicional? Uns falam em completa extinção, outros, mais cautelosos, em transformação, reinvenção.

A resposta para essa incógnita não virá agora. Precisaremos de tempo, mais do que o imaginado por Nielsen, para entender o que se passa. A mudança que virá, mais cedo ou mais tarde, exige adaptações técnicas e, sobretudo, culturais.

O que ainda os fazedores das novas mídias não entenderam, ou não conseguiram assimilar, é o fato de que a tal mudança não consiste única e exclusivamente na transposição de conteúdo da plataforma impressa para a virtual.

É preciso, sem dúvida, fazer diferente, reinventar o que é feito hoje. Carregar, claro, ferramentas, estilos e estéticas próprias da realidade com a qual já estamos acostumados. Mas quando se fala em novas mídias, elas de fato são novas.

Talvez por isso o tempo estimado por Nielsen não tenha sido o correto. A mudança de hábitos só acontecerá quando os receptores das novas mídias estiverem seguros de que vale a pena abandonar as mídias atuais. O que ainda não ocorre.

Nielsen arriscou também, em 1998, traçar um futuro glorioso para os protagonistas das novas mídias. Previu uma maneira mais egocêntrica de produção, conferindo menos peso às empresas – uma espécie de “cada um por si”.

Quanto a esse ponto, mesmo sem estipular prazo para tanto, Nielsen parece ter acertado em cheio. O boom de blogs, onde cada um faz o que quer e como quer, é prova disso. No mais, o próprio tempo nos apontará as proporções dos erros e acertos de Nielsen.

Diego Amorim